Tive ensaio na “Companhia”, e correu bem, mas não demasiado, sendo que saí de lá pouco animado. Mas a perspectiva de uma festa de Carnaval começava a criar raízes de alegria dentro de mim. Fui a casa jantar, com a Regina, que sabendo da festa apenas durante o ensaio, teve de se ir encher (eheheh) à minha humilde casa. Após sermos apelidados de “casalinho” pelo meu bisavô, metemos pés ao caminho, começando a jornada num canto obscuro do meu prédio, no qual, à luz do MP3 da Regina, me vesti de uma personagem chamada “Noiva King Kong”, rindo-me imenso. As gargalhadas ainda aumentaram de tom de seguida, quando seguimos pela estrada e ouvimos umas 4 businadelas, visto que por lá se passeava uma monstra de caminho ao altar, com a sua dama de honor a segurar-lhe no véu e partir-se em mil gargalhadas.
Muito observados pelo caminho, chegámos à Igreja, onde se daria a festa, sendo que efectuámos uma entrada fenomenal, na qual a maioria das pessoas não percebeu quem era aquela personagem misteriosa.
A minha identidade só a descobriram depois, ao som de “Womanizer”, quando dançando que nem um louco, cái, e fiquei sem véu, nem máscara. Um momento de vergonha completa, claro. XD Antes já havia dançado imenso, inclusivé o esquema (aquele normal, que toda a gente sabe… xD). Só que houve um problema. É difícil dançar o esquema de vestido de noiva e máscara na cara…mas enfim…Adorei especialmente o modo como o lenhador/Dr.House/samurai Roberto e a Regina arrasaram no esquema. Tinham de vir do Bom Sucesso, claro. XD
MAS INSISTO! NUNCA FAÇAM O ESQUEMA COM VESTIDO DE NOIVA. ATRAPALHA IMENSO! Lolol
Enfim, havia lá máscaras bem interessantes, como a sensualíssima Branca de Neve Cláudia, sendo que o tecto fez de Bruxa Má, pois que havia lá uma maçã (símbolo da Apple) reflectida, havendo ainda muitas ciganas, geishas, gayshas e até meninas vestidas de cuecas (a.k.a. futuras meretrizes).
E depois ainda houve M’n’M’s e Simpsons, sendo que os primeiros ganharam o concurso de máscaras. Estavam muito bem, mas os Simpsons é que estavam mesmo geniais (oh you little!).
Por volta das não sei quantas horas, começou um concurso de dança para pares. O meu par foi a Regina e estávamos a competir com uns… 25 pares? Sim, acho que 25, não menos, de certeza. Depois dançou-se quatro músicas (numa das quais ia dando cabo do joelho…mas arranjei forças e continuei!) e eliminaram-se uns 5 pares. Tínhamos passado a primeira fase. Depois mais umas músicas e eliminaram-se uns 10 pares. Ainda estávamos neste jogo da dança. Meteram mais músicas, entre elas um samba que fez com que os meus pés se tenham mexido mais rapidamente que nunca…e ficámos nos 3 pares finais. Qualquer que fosse o resultado, já seria muito honroso chegar ao pódio. E foi nesse pensamento que começa a derradeira música. Britney Spears, Womanizer. E pronto, aí saí de mim, entrei na música, sempre em órbita da Regina, ora juntos, ora separados, ora no chão, ora juntinhos, ora loucos, ora lentos…lá dançámos. XD E no fim ficámos em primeiro lugar! :D eheheh
Muitas mais coisas aconteceram, mas quer-se dizer…isto foi o mais importanto. NÃO! ERRO! O mais importante foi estar com os meus amigos. =) (Em particular o Roberto, a Cláudia, a Regina e o Luís, que são gente que aprecio deveras. )
Acabo o artigo com o poema que Regina fez sem querer, no final da vitória.
“Faz o que eu te digo:
É uma atitude muito pragmática, prática, eficiente, enfim whatever. Mas anular uma das expressões mais belas entre seres humanos, o beijo de despedida antes da viagem, é simplesmente ridículo, começando assim uma era em que o que se sente será desprezado, em detrimento das decisões das empresas e etc. Um beijo longo não prejudica nada. Pode atrasar um pouco, mas por amor de Nossa Senhora, não é o fim do mundo! Deixem os namorados e casados trocar saliva antes de fazerem a tal viagem de negócios, ou antes de se ausentarem por algum tempo da presença do seu amor. E mesmo as mães que se despedem dos filhos com os múltiplos beijos típicos na face, e os amigos que ficando longe uns dos outros, necessitam de se abraçar, dar beijos ou algo do género, para eternizar a amizade, mesmo que o tempo e a distância façam tudo para que isso não aconteça.


Porque enquanto nós estamos a estudar que nem malucos para História ou Matemática, os jovens palestinianos não vão à escola, e vêem a sua família a morrer à mão de israelitas. Enquanto nós pedimos dinheiro aos nossos pais para ir à discoteca ou às compras, e se eles não nos dão ficamos fulos; os jovens palestinianos pedem água aos pais, os pais nem uma gota têm, e os jovens resignam-se. Enquanto que os ridículos gangues de bairro lutam por "honra" e território, os palestinianos e israelitas rebentam-se uns aos outros pelo líquido vital [e não tanto pela "honra" (neste caso, religiosa) e território, como normalmente se pensa...se bem que estes assuntos ridículos também são, lá, motivo de morte e destruição.].
Tanta coisa fútil e inútil fazemos nós, a nova geração, em Portugal, na Europa, na América. E na Palestina os jovens nem tempo têm para pensar nesse tipo de coisas. O mundo está a morrer aos poucos, e nós preocupados com os quilos a mais, e as namoradas a menos.




